Olá amigue!
Acabei de me dar conta que a IA é meu império romano. Não quero parecer implicante com as novas tecnologias, mas pra onde quer que eu olhe tem IA aprontando. E calhou, veja bem, de eu rever os filmes do Exterminador do Futuro, aí já viu a mente do palhaço.
A história: no futuro distópico de 2028, um ciborgue (Schwarzenegger) volta para o ano de 1984 com a missão de matar Sarah Connor, que seria crucial para a vida da humanidade lá na frente. Daí pra frente é dedo no cy e gritaria.
O modo de pensar de James Cameron é ótima e bem inovadora pra época. Olha esse diálogo entre Kyle Reese, que assim como Schwarze, também viajou no tempo, mas para salvar Sarah. Ele tenta explicar a razão dela estar sendo perseguida pelo Exterminador:
Kyle: Ele não é homem. É máquina. Um Exterminador. Um modelo 101 da Cyberdyne.
Sarah: Uma máquina? Como um robô?
Kyle: Não um robô. Um ciborgue, um organismo cibernético.
Sarah: Não, ele estava sangrando.
Kyle: O Exterminador é uma unidade infiltrada, metade homem, metade máquina. Por baixo, tem um chassi de combate de uma superliga controlado por computador, blindado, muito potente. Mas por fora, é tecido humano. Carne, pele, cabelo, sangue, feito para ciborgues.
A bonita ouvindo tudo isso ainda duvida, oh, mas como isso é possível em 1984? Que papinho, acha que eu sou idiota? A tecnologia ainda não chegou nisso.
Kyle: Ainda não. Não por mais 40 anos.
Ela, coitada, mais perdida que cego em tiroteio, questiona sobre a razão do Exterminador estar atrás dela, o alecrim dourado da distopia. Ele explica:
Kyle: Haverá uma guerra nuclear em alguns anos. Tudo isso, esse lugar, tudo, vai sumir. Houve sobreviventes. Aqui e ali. Ninguém sabe quem começou. Foram as máquinas, Sarah.
Sarah: Não entendo. (difícil né amada, em 1984 eu também estaria cética)
Kyle: Computadores de defesa. Novos, potentes. Ligados a tudo. Feitos para cuidar de tudo. Dizem que o computador ficou esperto. Um novo tipo de inteligência. Aí passou a ver as pessoas como ameaça, não só os do outro lado. E decidiu nosso destino em uma fração de segundos. Extermínio.
Pensa que em 1984 computador era coisa de filme futurista mesmo, ninguém tinha um em casa, praticamente zero existência.
Já o filme seguinte: O Exterminador do Futuro 2: Julgamento Final (1991) é o típico exemplo de sequência que supera o original.
Schwarze, dessa vez volta reprogramado, total do bem, e tem a missão de proteger o garoto John Connor, filho de Sarah. Mas há um problema: um ciborgue muito mais avançado (T-1000) vem pra matar o pivete.
Fimaço, não envelheceu nadinha. Ganhou Oscar e o diabo, fez o Robert Patrick famoso como o vilão mais fdp e difícil de matar já feito, afinal a bicha era avançada, feito de metal líquido e não 180kg de ferro igual Schwarze (modelo T-800).
O objetivo de Sarah era destruir a Skynet, um chip com uma tecnologia super avançada - uma IA poderosíssima que lidera o exército de máquinas na guerra do futuro.
Vemos então o criador dessa IA meio “ingênuo” que não fazia ideia do que fariam com essa tecnologia no futuro. Tipo Oppenheimer, sabe? Numa altura do filme, Sarah o confronta nessa questão e cita a bomba de hidrogênio. Mais uma perspicácia dos roteiristas em fazer essa relação.
Aliás, James Cameron é muito sagaz. No 1º filme, a amiga de Sarah veste uma camiseta dos Jetsons e no 2º, John Connor aparece com uma camiseta do Public Enemy.
Vale muito assistir apenas os 2 primeiros filmes (estão no Prime Video). Os outros da franquia pode ignorar total a existência, pois são péssimos.
Corta pra atualidade
Há uma onda de novas startups vendendo a ideia de que a inteligência artificial emocional pode ser útil no mundo corporativo — do RH ao time de marketing e produto.
A chamada EAI avalia expressões faciais, contrações musculares e dilatação da pupila para determinar as variações de sentimentos das pessoas.
Geralmente, o processo é feito por meio de câmeras, mas agora algumas empresas também equiparam cadeiras de escritório para registrar esses dados.
Na prática, a aposta é que este tipo tecnologia permita que um computador conheça as nossas emoções — mesmo que nós próprios não as conheçamos.
A controvérsia: Embora o uso da AI possa ter uma justificativa em termos de produtividade e saúde mental, seu uso no local de trabalho entra em uma zona cinzenta da privacidade.
Fonte: The News
A Câmara de Porto Alegre aprovou, por unanimidade, uma lei que foi redigida 100% pelo ChatGPT.
O que diz o projeto? A proposta faz com que moradores não precisem pagar por um novo medidor de consumo de água caso ele seja furtado.
O prefeito sancionou a lei e ela já está em vigor. Só depois disso, o vereador que protocolou o texto contou que, na verdade, foi o GPT que redigiu.
Ele revelou que bastou um comando de 289 caracteres para que a AI construísse uma proposta com oito artigos, justificativa e até uma sugestão própria.
O chat é levemente prolixo, né? Um grupo de revisores verificou a ortografia e transformou os oito artigos em dois — ok, um deles ficou mais longo. Fora isso, o texto passou por toda a tramitação sem qualquer outra alteração.
O vereador disse que vê potencial para a AI servir como economia de recursos, defendendo que, se for bem usada, pode ajudar cidades menores a elaborar projetos melhores gastando menos.
“Precedente perigoso”. O presidente da Câmara de POA reforçou que ainda não existem regras sobre o uso da AI para redigir leis, e quando descobriu sobre o ChatGPT disse que foi algo “perigoso”.
Fonte: The News.
✨ É… o futuro é promissor hein ✨
E pra fechar a deliciosa paranoia de hoje:
Exterminador: Minha CPU é uma inteligência artificial, um computador que aprende. Quanto mais contato tiver com humanos, mais aprendo.
John Connor: Não vamos sobreviver, não é? Quer dizer, as pessoas.
Exterminador: É da sua natureza vocês se destruírem.
Os homens já estão virando máquinas? Fica aí o questionamento.
Links pra complementar o assunto
▶️ De Turing ao ChatGPT: conheça história da IA, que nasceu como arma de guerra.
▶️ 'O Exterminador do Futuro 2': 10 coisas que você provavelmente não sabe sobre o filme.
▶️ A série documental sobre Arnold Schwarzenegger, na Netflix.
Aqui me despeço. Fique bem e até a próxima! Tô por aí - twitter katiadel e no céu azul katiadel.bsky.social
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