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News #7 | Os sonhos não envelhecem
News #6 | Vá chorar um pouco
Todo mundo conhece a fábula do homem que, querendo ajudar a borboleta, foi lá e cortou o casulo para que ela saísse com mais facilidade. Como a borboleta não havia desenvolvido as asas o suficiente, saindo antes do tempo do casulo, não conseguiu voar. E assim, foi o fim da borboleta, que não conseguia se alimentar e se tornou presa fácil para predadores.
É como dizem: de boa intenção, o inferno tá cheio.
Um enorme exercício que faço na vida é me manter no meu lugar e não interferir no processo de ninguém. Boa parte de nós, sobretudo mulheres, fomos ensinadas a sermos extremas doadoras, “resolvedoras” de problemas e promotoras de alívios sentimentais para aqueles que padecem na própria existência. Sempre que me sinto tentada a intrometer, penso:
Todos estamos nos superando neste grande evento chamado vida.
Quando o outro se embolou numa questão, ele não me consultou. Se não fui eu que o coloquei numa roubada, eu não tenho responsabilidade.
O papel de salvador diz muito sobre a forma que nos sentimos pertencentes e que entendemos como somos amados. Aprendemos que, sendo úteis e indispensáveis nos BOs alheios, teremos valor. Essa postura machuca muito porque sempre requer cada vez mais entrega e doação, ao passo que pouco desenvolvemos o receber — deixando a vida dura, demandando sacrifícios.
Já a vítima, numa forma refinada de viver, sempre se coloca como injustiçada, cativando a pena dos que a rodeiam, como se a vida lhe devesse — e tudo acontece com ela, não é ela que acontece com a vida. Comumente, essas pessoas são sempre sustentadas em vários níveis: financeiro, emocional, energético… Nunca se responsabilizando por seus atos (afinal, os salvadores fazem isso, né?)
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Salvador e vítima são sempre os bonzinhos.
Quanto mais eu tenho gratidão pela minha história, mas compreendo o quão importante é respeitar os processos — meus e dos outros. Tem “choro que vale ouro”, como canta Dani Black e o mestre Milton Nascimento. Vamos deixar cada um transformar seu chumbo em ouro, a sua maneira e a seu tempo.
7 ondinhas
Segunda, 24 de julho, lua nova em Libra, entrando na crescente em Escorpião. Hora bora para fazer escolha e investir no que queremos, especialmente no que gerará transformação.
Dia 25 de julho é considerado o Dia Fora do Tempo segundo o Sincronário Maia, feito de 13 luas de 28 dias. A antiga civilização não entendia o tempo como o nosso: linear, com passado, presente e futuro.
Dia Fora do Tempo é como um ano novo na nossa cultura, precedendo o o recomeço das lunações. Se ressoar, aproveite o clima recomeço e recomece.
A sereia (às vezes Poseidon) que faz a news
Atrasei a entrega desta modesta carta, prevista para à sextas, e que hoje chega na segunda. Por causa dos meus problemas, não consegui sentar e escrever. Sem “choração de pintangas”, (mas, sim, já chorei litros), assumo que foi lapso meu mesmo. A responsabilidade é minha 1) da news e 2) as tretas que entro consciente ou inconscientemente.
Aprendi que entrar na consciência de que sou responsável por tudo que me acontece é desafiador, mas me enche de poder sobre mim e minha vida. Acolho todos os aprendizados.
@ lauraconrado_
Muito obrigada por me ler até aqui! Divulgue a onda, comente, curta… tudo me deixa feliz!